Eu até tinha uma ideia de postagem totalmente diferente para fazer agora (embora eu vá fazer o tal post depois), mas, hoje, na minha dashboard do Blogger, apareceu isso.
Para quem não está a fim de ler a postagem, e mais os comentários, para entender a história, é o seguinte: Uma mulher, famosa na blogosfera feminista lusófona, de origem finlandesa mas que veio para o Brasil como adolescente, pegou câncer o ano passado. Ela havia, por segurança, deixado suas senhas com alguma(s) pessoa(s) de confiança. E ela morreu, faz algum tempo.
Então, descobriram que ela não existia: a foto que usava era de outra pessoa, que não tinha nada a ver com a história (ficou provado isso no decorrer dos comentários), a pessoa que ficou com o e-mail dela escreve da mesma maneira, o nome completo dela não aparece em nenhum lugar do tipo lista de concursos/vestibular, e mais outras coincidências peculiares.
Tem um motivo para eu estar fazendo uma postagem desse tipo aqui: a comunidade brony é virtual (encontros na vida real são de pessoas que se conheceram via internet, e não o contrário), e a maioria das pessoas nessa comunidade usam nomes obviamente falsos (não que eu tenha nada contra isso, ou que eu ache que todos assim sejam pessoas completamente falsas).
Bem, chega de ocupar espaço na página principal. Veja o resto do texto após a quebra!
Classificação: K, porque é algo que todos precisam saber sobre a internet.
Como exemplo de nomes falsos, vou usar o Ponychan. Como qualquer chan [abreviação de channel, canal], é um imageboard [fórum de imagens, onde você pode postar uma imagem por postagem] em que o usuário padrão é anônimo; só coloca um nick quem quiser. A diferença é que, no Ponychan, a maioria das pessoas usa nicks, mesmo não sendo necessário.
Em outros fóruns de MLP (estilo phpBB e talz), também são comuns nicks que não são derivados de nome nenhum, mas muitos divulgam contatos com nomes reais, ao menos para seus amigos mais próximos.
Há vários tipos de criação de nick:
Só um nick: Um nickname inventado só para as pessoas poderem se referir a quem postou, mas que pode mudar a cada tópico, chat, ou fórum, etc. Não há nenhuma identidade associada ao nick, mas a pessoa posta sua opinião de verdade por trás dele, supostamente.
Um nick único: Uma pessoa usa um nick para toda, ou para várias partes da internet, assim sendo mais fácil de identificar a pessoa. Há uma identidade, real ou não, por trás do nick, mas, de qualquer jeito, o nick é usado frequentemente a ponto de ser identificado como uma pessoa.
Apelido: O nick é associado a perfis de redes sociais onde existe um nome supostamente verdadeiro; tipo, a pessoa escolhe um nick para fóruns e chats, mas pede para adicionar seus amigos mais próximos de lá no MSN e no Facebook, aonde há o nome verdadeiro da pessoa, e assim todos sabem qual é.
Fake: A pessoa cria uma identidade falsa na internet, que pode ter ou não as mesmas opiniões de seu(ua) criador(a). Isso inclui um nome que poderia ser verdadeiro, fotos falsas, e-mail falso, redes sociais falsas, histórias falsas, etc.
Pois é, é diferente alguém não querer divulgar o seu nome verdadeiro e deixar isso claro, de alguém que só tem um apelido só porque não gosta de seu nome, do que inventar ser outra pessoa. E não tenho nada contra qualquer um desses tipos de nicks. O problema é quando alguém se aproxima demais emocionalmente de uma pessoa que não existe; especialmente se a pessoa por trás do fake é bem diferente do fake.
Não gosto de histórias como essa, no início desta postagem, porque fazem as pessoas ficarem paranoicas: "será que meus amigos existem mesmo?", "Será que eu sou a única pessoa que divulga meu nome verdadeiro?"
Eu acho que não devemos levar para nenhum dos extremos: por um lado, não devemos confiar totalmente no que as pessoas dizem (reais ou virtuais), e sempre devem existir as precauções necessárias antes de fazer encontros na vida real. Por outro lado, você não pode pensar que todos são fakes; há sempre alguém do outro lado da tela (menos Cleverbot e Robô Ed), que tem sentimentos e experiências de vida reais.
E, para você que tem fakes, se você tem gente que gosta de você, amizades virtuais, etc. nele, ok, você não precisa dizer que é fake se não quiser: mas, por favor, não invente doenças fatais, ou mortes, que façam essas pessoas de verdade vendo a tela ficarem preocupadas, emocionadas, ou até deprimidas. É pura crueldade e apelo por atenção.
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